G1 mostra que Economia reage.
É hora de empreender "Quem chega primeiro bebe água limpa" ...
"Bota pra fazer"
ECONOMIA
Por Daniel Silveira e Taís Laporta, G1
07/07/2017 09h00 Atualizado há 1 hora
IPCA tem deflação de 0,23% em junho, a 1ª em 11 anos
O Índice nunca foi tão baixo desde agosto de 1998; última vez que a taxa
teve variação negativa foi em junho de 2006.
Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve deflação de 0,23% no
mês de junho, a primeira em 11 anos, puxada pelas contas de luz e alimentos,
segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
divulgados nesta sexta-feira (7). O resultado é o mais baixo para um mês de
junho desde o início do Plano Real.
A última vez que o índice teve variação negativa foi em junho de 2006,
quando a taxa caiu 0,21%. O IPCA nunca foi tão baixo desde agosto de 1998,
quando a taxa atingiu -0,51%.
Na história recente do Brasil, constantemente marcada por inflação alta,
só houve deflação no IPCA por no máximo três meses seguidos. Isso aconteceu
entre julho e setembro de 1998. Entenda o que é deflação e quando ela é um
problema.
Segundo economistas ouvidos pelo G1, o alívio nos preços na economia em junho é
reflexo da recessão que freou o consumo dos brasileiros, além de fatores
sazonais, que fazem o mês ter taxas historicamente mais baixas.
Nos últimos 12 meses até junho, o índice ficou com variação positiva de
3,00%, abaixo dos 3,60% referentes aos 12 meses imediatamente anteriores, e
abaixo da meta central do governo, de 4,5% ao ano. É a menor taxa para o
período desde março de 2007, quando ficou em 2,96%.
bombas se concentraram no IPCA do mês.
Queda dos alimentos no mês
No grupo alimentação e bebidas, que domina 26% das despesas das famílias, houve
queda de 0,50%, puxada pelos alimentos para consumo em casa, mais baratos em
0,93%.
O IBGE pesquisa 153 itens alimentícios para consumo em domicílio. Destes, 100
tiveram queda nos preços em junho na comparação com o mês anterior. “Isso
significa que 65% dos itens pesquisados tiveram queda nos preços. Daí vem a
pergunta: o consumidor sentiu? Ele pode ter sentido [a queda no preço] do
tomate, que caiu 19,22%. Mas essa queda que a gente vê nos alimentos não
significa que ele voltou ao preço de antes”, ponderou Eulina.
Apesar do feijão-carioca ter exercido o maior impacto no IPCA do mês, com a
subida brusca de 25,86% em seus preços, a maioria dos alimentos passou a custar
menos de maio para junho, como o tomate (-19,22%), a batata-inglesa (-6,17%) e
as frutas (-5,90%).
Das 13 regiões pesquisadas pelo IBGE, todas tiveram variação acima de 7%
no primeiro semestre de 2016, enquanto neste ano todas elas registraram
variação negativa.
O cálculo do IPCA leva em conta os preços de pagamentos à vista no comércio,
nos aluguéis e compras de imóveis, nos serviços públicos e no setor de serviços
nas principais cidades brasileiras. O IBGE coleta informações de famílias com
renda mensal entre 1 e 40 salários mínimos
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